Entrevista a Marco Taylor

Entrevista a Marco Taylor, autor do livro infantil „O homem que carregava pedras" Edição de Autor (2015). Para além de se dedicar à escrita, leciona Educação Visual e Educação Tecnológica. Tem já vários livros publicados entre os quais destacam-se: „Não, este livro não tem nome“, Edições Vieira da Silva (2013); „A árvore que paria meninos“, Alfarroba (2014); „4uatro (Poesia e Conto)“, Colectânea – Cláudia Silva, Eduardo Cardoso, Marco Taylor e Rui Teixeira, Edição de Autor (2015) e „Abílio“, Edição de Autor (2015).

Marco Taylor autor
foto: www.marcotaylorautor.com

Olá, Marco! Obrigado por ter aceite o convite para responder a algumas quest ões para conhecer um pouco mais o autor por detrás do livro "O homem que carregava pedras". Em primeiro lugar, o nde nasceu?

Nasci em Luanda, mas vim para Lisboa aos dois anos e pouco. O meu pai era militar.

Qual curso frequentou e em qual universidade?

Fiz o curso da Escola Secundária António Arroio, curso técnico-profissional de Artes Gráficas e Comunicação. Depois, o curso de Professores do Ensino Básico, variante Educação Visual e Tecnológica, na Escola Superior de Educação de Beja.

Quando iniciou a sua atividade profissional como autor?

Como autor de livros em 2013, com «Não, Este Livro Não Tem Nome».

O que o motivou a escrever livros infantis?

Foi precisamente depois de editar este livro, que tem algumas ilustrações minhas a preto e branco, que me apercebi que no álbum ilustrado podia aliar o meu gosto antigo de desenhar com o gosto recente de escrever contos. Alguns destes contos, a meu ver, eram indicados para um público infanto-juvenil, embora agrade igualmente a um público adulto, e avancei.

Como surgiu a ideia de escrever o livro „O homem que carregava pedras“?

Surgiu numa manhã destas, quando liguei o computador e uma das primeiras imagens que me apareceu tinha vários seixos pendurados por cordas. Nesse instante pensei na imagem de alguém a carregá-las, sentei-me e comecei a escrever.

O livro é só da sua autoria ou contou com a  participação de outras pessoas?

Tanto o conto como as ilustrações são de minha autoria. Recorro sempre a uma amiga para me fazer a revisão dos textos.

Foi fácil pôr a sua ideia em prática?

Sou uma pessoa de ação. Já tinha publicado dois livros por editoras, mas cheguei à conclusão que poderia fazer tudo sozinho, tendo desta forma um melhor controlo de todo o processo. O conto já existia, faltou-me ilustrar, paginar e mandar imprimir.

Que tipo de apoios recebeu para a publicação da obra?

O conto recebeu o prémio Escrita solidário 2014", neste concurso dirigido a professores, promovido pela mútua de saúde MGEN. Contactei-os e mostraram abertura para apoiar a publicação, levando o tema da solidariedade às crianças, pois faço bastantes sessões em escolas.

Como estão a ser as reações ao livro?

Muito boas. A Árvore Que Paria Meninos", o livro infanto-juvenil anterior, já as tinha tido. Como referi anteriormente, vou a bastantes escolas e tenho o feedback na hora. Alguns pais, por vezes, dizem-me que os seus filhos não largam o livro. Esta ligação também acontece porque quando vou às escolas explico-lhes não só o processo de construção daquele livro como lhes conto a estória de forma dramatizada. Penso que eles assim criam mais empatia com o livro e com o autor.

Quais são os novos projetos?

No final de 2015 publiquei Abílio", um livro sem palavras. Arrancou com uma versão de luxo, colorida e encadernada à mão, com uma edi ç ão limitada de cem exemplares numerados, com capa em tecido e impressão em serigrafia. Em maio deste ano edito uma versão feita por máquinas, permitindo o acesso a mais pessoas e a trabalhá-lo nas escolas de forma mais eficaz.

Em junho é a vez de A Muda dos Gatos", um livro em estereoscopia, ver a luz do dia. Iniciei Rosinda", o segundo da série de livros sem palavras, que possivelmente será ainda este ano editado .

Este ano, como habitualmente vão poder encontrar-me em feiras, mercados e eventos literários, com os livros e as ilustrações.

Video de Marco Taylor sobre o livro "A árvore que paria meninos" no youtube